Esta não aconteceu há muito tempo, portanto é normal que ainda se conserve mais ou menos fresca na cabeça de alguns sobradenses.
A festa correu dentro dos conformes durante todo o dia, chegava a hora de um dos pontos mais altos do dia. A prisão do velho. A carga dramática da cena (é comum verem-se sobradenses a chorar emocionados), a cara espectante dos populares, a música da paixão da banda de Campo e os tiros dos bugios e dos mourisqueiros dão o tempero à " coisa". Mas, nesse ano algo não aconteceu como o normal. Os bugios sobem ao palanque, preparam as armas. Os mouros fazem soar o primeiro tiro. Pó no ar. Cheiro intenso a pólvora. O povo assiste. Tensão no ar. Os bugios não rispostam o tiro. o povo começa a impacientar-se, os bugios também. Diacho! Esqueceram-se dos furminantes ( fulminantes). Sai um bugio a toda a pressa ao palanque inimigo, pedir furminantes para fazer a guerra. A cena continua. Os bugios dão tiro. Pulam. Faz-se a guerra.
P.S. Esta estória prova não só o espírito de partilha dos sobradenses mesmo em " guerra", mas é também mais uma acha para a complexidade desta festa.