Cá está mais uma pérola das estórias sobradenses versus bugiada, contou-ma uma das minhas fontes este fim de semana, cabendo-me agora a mim recontá-la.
Como é sabido os bugios são foliões, havendo alguns que gostam da pinga. A estória de hoje narra uma relação " amorosa" de um patrício meu com as duas ( pinga e bugiada).
Ora na véspera de S. joão há habitualmente noitada na terra ( com um cantor da moda, normalmente) Mas, nem só de cantores se fazem noitadas, a pinga e as petiscadas também são uma componente importante. Assim sendo, o sobradense começa a provar a pinga como que por brincadeira, mas a brincadeira aquece e... dá para o torto ( no verdadeiro sentido da palavra).
O incauto sobradense apanha uma carraspana descomunal. Resultado, chegado ao lar dorme a sono solto durante o resto da noite e todo o dia de s. João, só acordando no dia 25 por volta das 10 da manhã. Não tem mais, meio estremunhado, olha para o relógio, salta da cama veste a farda e sai de lanço para Campelo ( que já não era nada cedo). Chegado ao centro da vila e não vendo nenhuma movimentação ( nem cristã nem moura) profere a frase que ficaria para todo o sempre na história sobradense passando gerações e gerações e perpetuando-se no tempo - " Ohohohoho são que horas e eles sem vir!"...