Regressei às estórias habituais, deixo o S. João uns meses de parte para voltar a escrever sobre acontecimentos " banais" da terra.
Rebuscando no meu baú das "estórias da minha terra" lá encontrei outra digna do titulo de " pérola sobradense", mais uma vez, uma personagem recorrente nestas lides, o grande Serafim do bairro.
Mas passemos á estória sem mais demoras que o tempo urge e as batatas crescem.
Estando o Serafim sentado à sombra de uma videira e a observar um pequeno batatal que havia plantado no quintal de casa, começa a ver um movimento estranho no batatal. Aparentemente uma toupeira lavrava a terra. De rompante levanta-se e procura uma sachola para " tirar a tosse" a tão aplicada trabalhadora. Chegado ao local, dá com a sachola em cheio no sitio onde a terra levantava, mas qual é o seu espanto ao não ver a toupeira mas sim uma bonita batata. O que era o que não era, eram as batatas a crescer no quintal que até levantavam a terra, fazendo o mais incautos observadores pensarem que se tratava de uma toupeira a lavrar...