Embora tenha nascido depois do 25 de Abril é dos feriados nacionais que mais me diz ( não sei porquê!), fico o dia todo a assistir ás comemorações a e trautear o hino nacional, a grandôla, os vampiros etc.
Por isso mesmo, tenho verdadeira predilação pelas estórias sobradenses do pós 25 de Abril, sendo elas ( num registo um pouco "barretista", as estórias da evolução sobradense e da sua emancipação social). Bem, agora que já " flosofei" é hora de ir ao que interessa.
Depois do 25 de Abril viviam-se tempos conturbados que variavam entre a euforia e a incerteza do futuro. Ora os sobradenses sempre tiveram um espiríto mais prático não se preocupando tanto com o futuro mas sim com o presente. Os ideais comunistas e socialistas ( que defendiam o corporativismo) tinham lançado algumas sementes em terras sobradenses. Dizia-se que as terras iam ser divididas de igual maneira. Quem tinha muito ia ceder a quem não tinha nada ou quase nada, seria feita uma reorganização estrutural de fundo, um novo ordenamento do território.
Era assim que pensavam alguns dos "caseiros" e uns tantos sobradenses. Enquanto uns falavam em liberdade de expressão e ideais políticos os sobradenses falavam em ordenamento do território, e segundo o que dizem era um mimo ver um habitante do lugar de Ferreira fazer contas à vida.
- Ali a quinta do Paranhos vai ser dividida vai calhar tanto a fulano a cicrano e a baldano, a mim vai-m calhar a cortinha de baltano que fica ali encostada à minha...
Até hoje continua tudo igual...