A morte costuma chegar com um aviso, " toca a todos". Acredito que a dor da perda de um familiar também esteja, de certa forma, associada á consciência intrínseca de que nada é eterno e tudo acaba. A estória de hoje, narra mais uma relação do homem com a morte.
Tinha morrido o pai de um Sobradense. Acontecimento comum. Os vizinhos e amigos iam chegando e dando os sentimentos pela perda, aos familiares. Procedimentos normais nestas ocasiões. No entanto, um dos filhos do pai defunto, tomou diferente atitude. De mão estendida foi cumprimentando os presentes desejando os se'timentos. Até que, e numa clara tentativa de abreviar a " coisa", levanta os braços ( no passal) e em sonora voz deseja conduídamente, "se'timentos p'ra todos, se'timentos p'ra todos", virando costas e seguindo o cortejo fúnebre.