Um Sobradense foi numa daquelas viagens ( tudo pago) e cuja finalidade é a promoção e venda de colchões. Depois de bem comidos e bem bebidos, os viajantes eram encaminhados aos vendedores. Um dos Sobradenses fica tentado. Diz nada resolver sem o consentimento da mulher. Que lhes liga no dia seguinte. A mulher ao primeiro diz que não, que é caro, que não precisa, mas o diabo é tendeiro, e a noite faz com que amoleça e concorda com a compra.
Ao outro dia ligam os vendedores, ainda antes do Sobradense. Acerta-se a compra. 300 contos o colchão ( já com descontos) e de oferta um ferro com caldeira no valor de 40 contos. Óptimo negócio.
Mas mais uma vez o faro comercial do Sobradense havia de dar provas da sua destreza, depois de uma noite de conselhos com a almofada, liga aos vendedores. Tem uma proposta.
- "(...) eu tive a pensar, e eu tenho ferro e atão na vez do ferro, e já que vale 40 contos, descontava-se o ferro no colchão. p'ra mim dava-me jeito e a vós também porque depois davas a oitro... "
- " pois mas o ferro é dado, é uma oferta..."
- " pois é dado, mas vale 40 contos e descontado e pagava só 260 contos plo colchão..."
Negócio invalidado na subtração do valor do ferro. Validado na conta dos vendedores que venderam mais um colchão com a oferta incluída.
Ficou a estória e um negócio que podia ter dado certo... não fosse oferta.