Quinta-feira, 23 de Outubro de 2008

Depois de um afastamento não muito contestado por parte dos meus leitores ( que afinal parece que chegam a ser dois) regressei com estórias fresquinhas.

 

A de hoje remete-nos para mais um ilustre sobradense, habitual nestas andanças de estorietas das nossas gentes.

 

Ir ao médico acarreta várias etapas. A primeira ter uma doença ou pensar que se tem uma. A segunda marcar consulta e esperar q.b. para que a dita chegue antes da doença passar. A terceira descrever o que se tem ao médico, e suportar o olhar avaliador do doutor. A quarta fazer exames. E finalmente a quinta e não menos preocupante, o diagnóstico do médico, onde além dé termos a certeza que afinal não temos assim tanta saúde, temos de descortinar uma catrafada de termos técnicos com mais de 3 sílabas e que nunca ouvimos falar na vida.

Ora, por essas e por outras , por palavra aqui e acolá que, uns dos nossos decidiu por termo a esta incerteza de termos técnicos e maleitas crónicas, adoptando uma postura observadora e arrojada de cada ida ao médico.

 

Com um problema na cervical no apogeu da vida, as perspectivas não eram as melhores,  o doente, na tentativa de ouvir melhores palavras dirigiu-se a outro doutor ( por ouvir dizer que era bom) para que este o observa-se. O que se segue é a descrição possível desta consulta, tendo em consideração que já lá vão 40 anos.

O médico, ouviu a sua história clínica com aquele distanciamento que é peculiar á sua classe. Pediu-lhe o relatório do seu anterior médico. O paciente disse-lhe que o relatório completo não tinha, mas que tinha alguns apontamentos do relatório, entregando-os. O médico leu-os de soslaio, fixou o paciente, e com ar inquiridor perguntou-lhe:

-Oh homem quem é que fez isto?

- Oh Sr.. doutor eu de cada vez que o médico saía, ou atendia o telefone eu olhava de soslaio para o relatório e tirava uma ou outra palavra que conseguia ler e memorizava-a, depois quando chegava a casa escrevia-a, e foi assim que reuni essas palavras todas...

 



publicado por estoriasdaminhaterra às 19:39
E eu certamente sou um desses leitores! Já tinha saudades das estórias da sua terra...
Beijinho
daplanicie a 23 de Outubro de 2008 às 22:13

Olá!Ainda bem que regressou!...já se sentia a falta!
Beijinho muito grande
Raquel Alves a 28 de Outubro de 2008 às 23:12

olá! Eu também não sou de Sobrado, mas vivo a 5 minutos de Sobrado e tenho pessoas ( mais propriamente dois idosos ) que moram em frente á Serralharia Artística, na Balsa, de quem gosto muito. Se não me engano, foi na Balsa que começei a dar os meus primeiros passos. Esses idosos, há muitos anos, queriam que eu fosse para Bugio. Estás doente? Pergunto isso, porque em baixo diz " estou com maleita ..". Espero que não te encontres adoentada, mas se estiveres, as melhoras! beijos
nuno a 27 de Outubro de 2008 às 14:28

Ei, Ei, e eu?

Também sou tua leitora... ah ah ah

Veijios saudáveis
mulher lua a 13 de Novembro de 2008 às 21:12

O blogue estoriasdaminhaterra recolhe estórias da tradição oral sobradense bem como factos da vida comum de uma pequena vila dos arredores do Porto...
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