vista panorâmica sobre uma das agras de Sobrado ( agra da Costa) ao fundo a Igreja matriz de Sobrado
Em tempos idos Sobrado ( como todas as terras na época) tinha um regedor. O regedor era quem mantinha a ordem na terra e quem, no caso de haver quem fugisse à lei, a fazia cumprir. Tinha como braço direito, o cabo de ordens, que era a " personagem" que aplicava a lei, era uma espécie de mediador entre o regedor e o povo.
Assim, certo dia o regedor, sabendo que um dos sobradenses que tinha por hábito contornar os rectos caminhos da lei, estava pela aldeia de Ferreira, chamou o cabo de ordens ( o mesmo da estória da pereira) e deu voz de prisão ao indecoroso sobradense . O regedor dirigiu-se então à "loje" do Mouta com o intuito de prender o meliante. Chegado ao local e perante a sua imperiosa ordem de o acompanhar até ao regedor, o meliante recusasse. Insiste novamente. Nova recusa. O cabo de ordens não se dá por achado, com a calma que sempre o caracterizou, olha o rapaz com ar de quem " tem a sua ganha" e diz-lhe " Já te disse rapaz, vens comigo até ao regedor, nem que para isso seja preciso ir buscar os bois e as correntes a casa, mas ir vais"...