Esta deveria ter sido contada por alturas da Páscoa, quando se costumavam realizar estas patifarias. Não contei, conto agora.
Na noite de Ramos era costume a mocidade da terra se juntar em grupos ( consoante os lugares) e mudar de sitío vasos, utensílios agricolas etc, colocando-os normalmente no centro ( em Campelo). Ao outro dia, os donos, depois da missa, encarregavam-se de os levarem de novo para casa.
De uma das vezes estando um grupo de jovens a levar um carro de bois para o centro, cruzam-se com o dono na ponte Stº André. O dono não reconhece o carro e desafia os jovens a pendurá-lo na ponte. Não se fazem rogados, penduram-no e o dono até ajuda. Só ao outro dia, quando não vê o carro de bois no sítio do costume, se apercebe da marosca. Restou-lhe ir buscá-lo ao sítio onde havia ajudado a colocá-lo.