Foto do site http://www.eb1-campelo-1.rcts.pt/index.htm
Longe vão os tempos em que entrava na escola nº1 de Campelo como aluna. Gostava de estudar e da escola. Ainda hoje quando passo pela escola sinto uma melancolia da infância perdida indescritível . A escola nº1 de Campelo foi a base dos meus conhecimentos, da minha vida em sociedade e como não podia deixar de ser, palco de muitas estórias .
A estória de hoje é pessoal, daquelas de infância que se guardam com carinho e saudade na arca das lembranças do tempo de inocência.
A professora ( de uma paciência imensurável) revia a matéria dada em jeito de preparação para os últimos testes do ano lectivo. Falávamos de geografia, inserida obviamente no programa de meio físico. Ela perguntava, nós respondíamos . Simples. Ao lado do quadro negro de ardósia o mapa do país que incluía o oceano atlântico e um bocado da Espanha. A revisão era dada por aí. A professora perguntava as cidades e nós indicávamos no mapa. Mas um dos meus colegas não tinha estudado a lição, a professora rapidamente se apercebe e chama-o ao mapa. Pede-lhe que diga onde é Lisboa, não localiza, depois o Porto, não localiza, a Espanha, nada, finalmente a professora, numa tentativa final que pelo menos o aluno identificasse o que era terra e o que era mar pergunta-lhe onde era o oceano Atlântico, no mapa. O meu colega, cansado de tanta pergunta, dos risos dos colegas e sem perceber os nossos sinais, firma a mão no "atlântico" ( para descansar) enquanto procura afincadamente o Atlântico no lado de Espanha. Caso perdido. Risota velha. Ficou a estória e a certeza que hoje o meu colega sabe perfeitamente onde é o Atlântico.