Sexta-feira, 27 de Julho de 2007

Bem hoje vou escrever uma estória  mais calminha. Assim para relaxar e acalmar os ânimos . Aqui vai. 

Era comum as freguesias vizinhas correrem-se à pedrada, era uma maneira pouco carinhosa de se indicar aos vizinhos o caminho para casa, mas era usual.

Assim, certa noite, estando programado indicar o caminho aos de Balselhas , os sobradenses fizeram-lhes a dita espera. Azar, a coisa deu para o torto e acabou por se virar o feitiço contra o feitiçeiro , os sobradenses começaram a ser corridos à pedrada. Separam-se, cada um por si, e Deus nosso senhor por todos. Um dos Sobradenses , atira-se a correr pelo meio da cortinha dos Espinheira, tentando a todo o custo deixar de ser alvo dos de Balselhas . Nada feito, vê-se perdido, em desespero de causa e a encoberto da noite joga a sua última cartada. Vira-se para o grupo perseguidor e saca da chave de casa ( que era enorme)e aponta-a ao grupo dizendo a alto e bom som:

- Parai ou rebento-vos a todos!

Golpe de mestre. Fugiram todos, ficou o sobradense com o lombo safo e uma estória para contar.


sinto-me: o que tu queres sei eu
música: Pedra no charco

publicado por estoriasdaminhaterra às 10:43
O blogue estoriasdaminhaterra recolhe estórias da tradição oral sobradense bem como factos da vida comum de uma pequena vila dos arredores do Porto...
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